quarta-feira, 14 de novembro de 2012
domingo, 7 de outubro de 2012
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
AMBIENTE DE APRENDIZAGEM
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O TelEduc é um ambiente de ensino a distância
pelo qual se pode realizar cursos através da Internet. Está sendo desenvolvido
conjuntamente pelo Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) e
pelo Instituto de Computação (IC) da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp).
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domingo, 30 de setembro de 2012
Atendimento Paulo Alan
Este menino lindo é o Paulo Alan, é tem uma facilidade incrível com a informática. Em sala de aula auxília a professora quando a mesma trabalha com o leptop, tem domínio de todas as ferramentas. Memória excelente, conhece todas as letras do alfabeto, mas não consegue ler. Todos os dias eu faço uma rotina com ele. Ex: dia de hoje, que dia foi ontem, dia da semana, que ele fez em casa ...depois vamos para o alfabeto móvel. Estamos com muitos progressos.
Eu faço parte desta Escola MARAvilhosa
Atuo como professora nesta escola desde 1995. Fui professora de alunos e agora dos filhos deles. O tempo passa muito rápido e nos sentimos responsáveis por muitas coisas boas que acontecem na nossa comunidade escolar. Esta escola está a cada dia que passa melhor, pois temos uma excelente equipe de professores comprometidos com a construção do saber e das normas de convivência com os alunos. Fomos comtemplados pelo MEC, temos um leptop por aluno, todos os professores participam da formação do PROJETO UCA. Neste segundo semestre as professoras estão trabalhando com Projetos de Aprendizagens. Temos reuniões pedagógicas mensalmente. Este ano abrimos uma sala de recursos multifuncional. Temos cinco crianças que são atendidas na sala do AEE. Faça um visita ao blog da Escola http://arrudacamara.blogspot.com.br
Tel Educ Atividade 3
CARAZINHO RS
Significado do nome
Seu nome se deve ao diminutivo do nome Cará, o qual é um pequeno peixe arredondado e de formato chato existente nas águas da região.
Carazinho se destaca por que tem o maior entroncamento rodoviário do sul do Brasil e ainda tem a maior cancha reta da América Latina. É também conhecida como "capital do galeto com massa", pois, a fim de ajudar entidades carentes como o Asilo São Vicente de Paulo, Patronato Santo Antônio, APAE, entre outras, à base de doações e trabalho voluntário, é promovido um jantar onde é oferecido uma macarronada com frango assado em brasa, podendo ser servido no local da promoção, bem como ser levado para casa, que é a grande preferência da cidade. Nos dois maiores eventos (Asilo e Patronato) são vendidos aproximadamente 5.000 cartões a um custo de R$ 15,00. Durante o inverno existe praticamente um evento por final de semana, ocorrendo muitas vezes dois ou mais eventos no mesmo dia, sendo normalmente realizados aos sábados à noite. Mais notícias acesse o site http://carazinho.rs.gov.rs.br
TelEduc
Dia 03/09/2012 iniciei um curso de Formação Continuada de Professores em Tecnologias de Informação e Comunicação Acessíveis. Esta formação é online através do ambiente TelEduc e dividido em módulos.
Estou feliz por esta oportunidade, o ambiente oferece muitos textos e os tutoriais excelentes. As dúvidas são esclarecidas no mesmo dia. Temos encontro de bate papos semanalmente.Estou no segundo módulo, muitos textos e informação!
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
GINÁSTICA
Iniciamos hoje na Escola Arruda aulas de ginástica. A professora de ginástica , alongamento e relaxamento é nossa MARAvilhosa colega Mônica.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
ESTAVA TE ESPERANDO
Muitas das coisas que necessitamos podem esperar.
A criança nao pode. É exatamente agora que seus ossos estão se formando, seu sangue é produzido e seus sentidos estão se desenvolvendo. Para ela não podemos responder "AMANHÃ". Seu nome é "HOJE".
Gabriela Mistral ( 1889-1957)DE VOLTA ÀS AULAS...
Hoje na Escola Arruda Câmara recomeçamos mais um semestre.
Vamos recomeçar,
garantindo boas notas com estudo e boas atitudes.SEJAM TODOS BEM - VINDOS!
quinta-feira, 24 de maio de 2012
SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA - PASSO FUNDO
Deficiência Visual
Apresentação: Marilena Assis – Mestre em Políticas e Gestão da Educação –
Faculdade Dom Alberto – Santra Cruz do Sul - Brasil / Centro Latino-americano de
Plano de AEE
Apresentação: Professoras das Salas de Recurso Multifuncionais do Município de Passo Fundo.terça-feira, 22 de maio de 2012
VI Seminário do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade
Período: 21 à 25 de maio de 2012
Instituto Superior de Filosofia Berthier - IFIBE Passo Fundo RS
Princípios da Educação Inclusiva
Coordenação: Secretária Municipal de Educação - Vera Maria Vieira
DIA 21/05 ( segunda- feira)Palestrante: Senhora Claudia Grabois – Representante MEC/SECADI
domingo, 29 de abril de 2012
Crianças expostas a violência envelhecem mais rápido
Pesquisadores observaram que situações como agressão física aceleram desgaste do DNA que só deveria ocorrer com o envelhecimento natural
Os pesquisadores analisaram amostras de DNA de 236 crianças quando elas tinham de cinco a dez anos de idade. Parte delas havia sido exposta a algum tipo de violência, como a doméstica (brigas entre mãe e seu parceiro, por exemplo) ou sofrido maus tratos físicos por um adulto. As mães das crianças foram entrevistadas quando seus filhos tinham cinco, sete e dez anos.
Os autores do estudo observaram os telômeros de cada criança. Essa estrutura (telômero) corresponde à extremidade do cromossomo e contém material genético. Sempre que um cromossomo é replicado para a divisão celular, os telômeros encurtam. Esse encurtamento tem sido visto por diversos cientistas como um marcador biológico do envelhecimento, o relógio que marca a duração da vida de uma pessoa e sua condição de saúde.
Os pesquisadores observaram que as crianças que haviam sido expostas a algum tipo de violência tiveram, dos cinco aos dez anos de idade, um encurtamento do telômero mais rápido do que aquelas que não haviam passado por uma experiência como essa. O estudo ainda indicou que os jovens que sofreram mais do que um tipo de violência foram aqueles cujo telômero diminuiu mais rapidamente.
No entanto, a equipe não conseguiu determinar se esse quadro é irreversível. Os pesquisadores pretendem realizar novos estudos que acompanhem as crianças durante mais tempo para entenderem as consequências da violência na saúde a longo prazo.
Fonte: Veja
O que falta é AFETO
Psicóloga diz
que educar dá trabalho e que os pais fazem
mal aos filhos com punições sem lógica e às
vezes até cruéis
"Tem-se
a impressão de que os pais são tolerantes demais com os
filhos.
Descobri
o contrário" Lidia Weber
A maioria dos
pais se martiriza com questionamentos intermináveis sobre como criar os filhos.
Por mais que evitem, estão sempre esquadrinhando seu comportamento. Estariam
sendo muito duros? Muito permissivos? Muito autoritários? Como agir em
determinada situação? Para a psicóloga Lidia Weber, de 46 anos, o tema é uma
fonte inesgotável de indagações das quais já se consolidaram, felizmente,
algumas certezas. Autora de seis livros sobre relações intrafamiliares,
coordenadora de um programa de dinâmica familiar na Universidade Federal do
Paraná, ela costuma aconselhar seus alunos e os pais que a procuram da seguinte
maneira: "Siga sua consciência, obedeça a seus valores". É essa a maneira de
educar. Para ela, o sucesso na criação passa pelo fortalecimento da auto-estima
das crianças. E isso se faz, ao contrário do que diz o senso comum, mais com
elogios do que com punições. "Muitos pais não sabem elogiar. Têm vergonha", diz.
Casada, mãe de três filhos entre 10 e 16 anos, Lidia – que nunca apanhou dos
pais e nunca bateu nos filhos – é uma entusiasta do castigo e uma inimiga da
palmada, que ela considera dispensável mesmo nas situações de
limites.
Veja – Por que
os pais parecem tão assustados com a tarefa de educar os filhos?
Lidia – Acho que
há duas razões principais. Primeiro, pela realidade mesmo. Somos todo o tempo
bombardeados com notícias sobre violência. Isso dá muito medo. Outra razão eu
acho que se deve ao que chamo de quebra da solidariedade entre os adultos.
Antes, tínhamos a sensação – e era verdade – de que poderíamos contar com outras
pessoas para cuidar do bem-estar de nossos filhos. Os vizinhos, os parentes, os
professores faziam parte dessa rede de segurança. Hoje isso não existe mais. É
cada um por si. O perigo pode morar ao lado. Esse medo do "outro" é a expressão
mais tangível da paranóia dos pais.
Veja – Qual a
melhor maneira de os pais lidarem com esses medos?
Lidia – Acho
fundamental a retomada da rede de segurança. Contar com os avós, com amigos
próximos. Voltar a aprender a confiar. Isso conforta e dá segurança. Os pais
também têm de se focar. Gasta-se muito tempo com preocupações menores. Se o
filho não comeu verdura, se o outro deixou os tênis espalhados pelo quarto, se a
filha saiu sem casaco, e por aí vai. Isso não quer dizer nada. Só provoca
angústia e insegurança nos pais e nos filhos. Antes de fazer tantas ressalvas,
questione-se: "Isso realmente é crucial?" ou "Que lição meu filho vai levar
disso?". Às vezes, a obsessão com a segurança pode ser mais danosa que os
próprios riscos.
Veja – Livros de
auto-ajuda ou de como criar os filhos vendem como nunca. Eles são
úteis?
Lidia – Depende.
A maioria dos pais ignora a fase de desenvolvimento dos filhos. Se soubessem
como são os comportamentos típicos de cada idade, educar ficaria mais fácil. Por
exemplo: é normal um menino de 6 anos querer comer com a mão. É normal chegar à
adolescência e, durante uma briga, dizer que odeia os pais. Ciente disso, fica
mais fácil gerenciar, lidar com essas questões. Ao contrário, tudo pode se
tornar um drama. A mãe pensa: "Ah, vou deixar minha filha fazer o que ela
quiser, porque eu não agüento ouvir isso". Os livros são úteis para isso. Para
informar como é uma criança, um adolescente. Mas livros que falam como fazer seu
filho ficar rico ou virar um gênio não podem ser levados a sério.
Veja – Por
quê?
Lidia – Porque
não existe um padrão, um modelo em que se possa enquadrar todo mundo. Esses
livros servem para aliviar a culpa de alguns pais. Eles acham que lendo um
manual vão aprender a ser perfeitos. Os pais sentem muita culpa porque passam
muito tempo longe dos filhos. Mas é uma realidade hoje. É preciso ter noção de
que seu filho não vai virar um desajustado porque não está 24 horas a seu lado.
Nem ele nem os amiguinhos ficam tanto com os pais. Dito assim, parece óbvio, mas
os pais devem educar os filhos de acordo com seus valores pessoais, não pelo
valor dos autores de livros. Têm de entender que só eles são capazes de tomar
decisões e passar valores para suas crianças.
Veja – A senhora
costuma dizer que não há pais permissivos, há pais negligentes e com pouco
afeto. Por quê?
Lidia – Fizemos
várias pesquisas na Universidade Federal do Paraná com cerca de 1 500 crianças
de escolas públicas e particulares. Hoje, tem-se a impressão de que a maioria
dos pais é tolerante demais. Descobrimos o contrário. Há muito pouco afeto em
jogo.
Veja – Qual o
maior dilema dos pais?
Lidia – Sem
dúvida, é a questão de bater ou não bater. Porque a maioria apanhou, e quem
apanhou acha normal bater. A outra dificuldade é sobre questões cotidianas, que
a gente chama de supervisão inadequada, excessiva. Os pais estão estressados,
têm pouca paciência. É muito mais eficiente dizer: "Olhe, eu vou chamar você uma
vez para almoçar. Se não vier agora, só vai comer na próxima refeição".
Veja – A senhora
coloca a palmadinha de leve no mesmo patamar de uma surra? Não é
exagero?
Lidia – O
princípio é o mesmo: eu uso o poder e a força para obrigar você a parar de fazer
alguma coisa. Em 99% dos casos a palmada é usada quando os pais estão com raiva.
Isso aumenta o risco de a punição se transformar em maus-tratos porque você está
descontrolado. O único resultado positivo da palmada é que a criança pára de
perturbar na hora. E esse é um dos aspectos perversos do tapa: por ter efeito
imediato, os pais o utilizam com muito mais facilidade e freqüência. Há um
estudo da professora Elizabeth Gershoff, da Universidade Columbia, provando o
mal da palmada a longo prazo. Há dez aspectos negativos observados para cada um
positivo. Mulheres que apanharam dos pais na infância costumam encarar com mais
naturalidade a violência do marido, por exemplo. Há uma ligação estreita com o
aumento de agressividade, de comportamento delinqüente e anti-social.
Veja – Estamos
falando de uma palmadinha...
Lidia – Ainda
assim. No estudo de Gershoff é feita essa diferença. São várias análises que
levam em conta o que se chama de punição normativa e o abuso físico de fato.
Então, alguém pode dizer: "Eu apanhei dos meus pais e não sou anti-social". Tudo
bem. Mas isso não prova muita coisa. A pesquisa é mais esclarecedora nesses
casos porque reflete o que ocorre com a maioria das pessoas. É claro que, se
você leva um tapinha mas é estimulado em casa a ter uma boa auto-estima, não vai
virar um marginal. Se os pais forem muito competentes e usam uma palmadinha de
vez em quando, isso não causa prejuízo. Mas eu pergunto: se são tão competentes,
por que precisam bater?
Veja – E o
castigo?
Lidia – O
castigo é muito eficiente. A retirada de privilégios é uma conseqüência lógica:
"Você chegou às 11 da noite, era para chegar às 10, então da próxima vez vai
chegar às 9". O filho precisa de regras, pois a vida adulta é cheia delas. Com
adolescente, saber negociar também é vital. Outro dia, minha filha foi advertida
na escola porque não fez a tarefa. Ela mesma veio até mim e disse: "Então, vamos
ver o castigo que eu posso ter. Vai ter a festa da fulana, então eu não vou à
festa". Causa e conseqüência. Isso vem de berço. É uma doutrina que se ensina
desde pequeno.
Veja – Qual o
grande erro dos pais na hora de castigar?
Lidia – É quando
não conseguem estabelecer regras coerentes de acordo com a idade, e consistentes
de acordo com sua conduta. Você não pode dar um castigo conforme o seu humor.
Por exemplo, aquela mãe que, depois que uma criança aprontou algo, começa a
berrar: "Vai ficar um mês sem usar a internet!" ou "Vai ficar uma semana sem
sair de casa!". É quase impossível manter isso. Então, só imponha castigos que
você pode cumprir. Do contrário, seu filho vai perder a confiança e o respeito
por você.
Veja – Há
técnicas eficientes de castigo para cada idade?
Lidia – Com
crianças menores, há técnicas eficientes como o time out. É o famoso ficar no
quarto trancado ou sentado sem levantar ou falar por alguns minutos. É preciso
ter muito controle porque a criança pode chorar e berrar e você tem de se manter
firme. Crianças nessa idade querem muita atenção. É nesses poucos minutos que
elas vão sentir a pena. Calcule um minuto por ano. Três anos, três minutos de
castigo. O que conta é que haja conseqüências imediatas.
Veja – E se você
está no shopping com seu filho de 6 anos, ele se joga no chão, começa a berrar
feito louco porque quer um tênis de 300 reais? Como falar "Vamos conversar, meu
filho" com o menino dando um escândalo?
Lidia – Você não
vai falar isso na hora. Até porque vai estar com raiva também. Segure-o pelo
braço e leve-o embora dali. Quando ele se acalmar, mostre as conseqüências da má
atitude dele. Criança não nasce chata. Ela fica chata por causa dos pais. Se a
criança faz birra e os pais cedem para se ver livres do escândalo, eles estão
recompensando esse comportamento. Aí vira aquela criança insuportável, da qual
os pais mesmos vão se afastar e dizer: "O gênio dela é ruim". Não existe isso.
Veja – Os pais
têm preguiça de ensinar?
Lidia – Eles têm
de argumentar, o que é mais complicado. Dá muito mais trabalho do que
simplesmente dizer não. Se seu filho quer um tênis de 300 reais "porque todos os
amigos têm" e você não vai comprar, explique as razões. Diga que não é com um
tênis que ele vai se tornar alguma coisa ou que é contra seus princípios pagar
tão caro por um sapato ou simplesmente que você não tem o dinheiro. Mas diga o
motivo sincero. Você não pode sair de lá e cinco minutos depois comprar uma
bolsa de 500 reais para você.
Veja – Como
convencer pais que trabalharam o dia todo, brigaram com o chefe, passam por uma
crise no casamento a chegar em casa e ter ânimo de argumentar com as
crianças?
Lidia – Educação
é trabalho. Se você tem um relatório para entregar para seu chefe no dia
seguinte, você vai virar a noite, mas vai escrevê-lo. Se está com TPM mas tem
uma reunião decisiva, você toma um comprimido e vai. Por que muitas pessoas não
têm esse empenho quando se trata de educar suas crianças? É o que chamamos de
"investimento parental". Tem de investir, tem de fazer um esforço, tem de dar a
real importância a esse tempo com os filhos. Mas, se você não conseguir um dia
ou outro, também não é o fim do mundo.
Veja – E se os
pais nunca fizeram isso? É possível mudar o comportamento depois de muitos
anos?
Lidia – Há uma
técnica que chamamos de quadrinho de recompensas, em que você foca nas coisas
positivas feitas pela criança. É muito eficiente se usada depois dos 4 anos.
Liste todas as tarefas que você considera positivas. Pode colocar até arrumar a
cama, escovar os dentes, comer tudo. Quando a criança fizer isso, ela mesma vai
até o quadrinho e se dá uma estrela. Quando um pai permissivo resolve mudar de
atitude, a criança piora o comportamento no primeiro momento. Ela vai tentar
obter a atenção com as armas que usava antes. Se fazia birra, vai fazer ainda
mais. Então, tem-se de agüentar esse começo.
Veja – Existe um
caminho de como fazer de seu filho um adulto feliz?
Lidia –
Fortalecer a auto-estima. É surpreendente, mas a maioria dos pais tem
dificuldade de elogiar seu filhos. Eles temem parecer falsos. Mas é preciso
insistir até conseguir. Se dois irmãos estão brincando e eles costumam brigar,
em vez de dizer "Até que enfim, vocês estão brincando", diga: "Que bom, vocês
estão brincando juntos". Sem sarcasmo, sem provocação. Os pais devem sempre
mostrar que o amor deles pelos filhos é incondicional. Aquela coisa de dizer:
"Ah, se você não comer tudo não vou mais gostar de você" mina a auto-estima da
criança de um jeito quase irreversível. A criança tem de contar com o seu amor,
mesmo que ela faça algo errado.
Veja – Como
fazer com que seu filho confie em você?
Lidia – Ouça,
não julgue. Não avalie seu filho pelos seus padrões. Se sua filha vier lhe
contar que "ficou" com dois meninos numa festa, não faça escândalo. O mundo
mudou. Hoje isso é plenamente aceitável. Se você brigar, ela nunca mais lhe
contará nada. Mas, se ela contar que transou com dois, aí é outra coisa. Seu
papel é explicar que isso não é aceitável. Exponha as causas e as conseqüências
de tal atitude, mas sem puni-la. Ensine desde a tenra idade seu filho a falar
sobre si próprio.
Veja – O que é
fundamental na relação entre pais e filhos?
Lidia – Afeto,
envolvimento, participação, saber quem são os amigos. É preciso monitorar. Não é
ligar para o celular da criança ou adolescente a cada dez minutos. É mostrar que
você se importa, que participa da vida deles, mesmo que, num primeiro momento,
isso pareça intromissão. Não tenha dúvida: no futuro, eles agradecerão.
terça-feira, 3 de abril de 2012
O QUE É AUTISMO?
O autismo é descrito como uma síndrome comportamental
com causas múltiplas, decorrente de um distúrbio de desenvolvimento. É
caracterizado por déficit na interação social, ou seja, inabilidade para se
relacionar com o outro, usualmente combinado com déficit de linguagem e
alterações de comportamento. Os sinais e sintomas aparecem antes dos 3 anos de
idade e, em cada 10.000 crianças, de quatro a cinco apresentam a doença, com
predomínio em indivíduos do sexo masculino (3:1 ou 4:1).
Quais são as causas do autismo? As causas do autismo são desconhecidas mas diversas doenças
neurológicas e/ou genéticas foram descritas com sintomas do autismo. Problemas
cromossômicos, gênicos, metabólicos e mesmo doenças transmitidas/adquiridas
durante a gestação, durante ou após o parto, podem estar associados diretamente
ao autismo. Entre 75 a 80% das crianças autistas apresentam algum grau de
retardo mental, que pode estar relacionado aos mais diversos fatores biológicos.
Portanto, a evidência de que o autismo tem suas causas em fatores biológicos é
indiscutível, fazendo-nos reconsiderar a idéia inicial de ligarmos o quadro de
autismo a alterações nas primeiras relações mãe-filho.
Quais são as doenças relacionadas ao
autismo?
Podemos listar uma série grande de doenças das mais diferentes
ordens envolvidas nos quadros autísticos:
Infecções pré-natais - rubéola congênita, sífilis congênita, toxoplasmose,
citomegaloviroses;
Hipóxia neo-natal (deficiência de oxigênio no cérebro durante o parto);
Infecções pós-natais - herpes simplex;
Déficits sensoriais - dificuldade visual (degeneração de retina) ou
diminuição da audição (hipoacusia) intensa;
Espasmos infantis - Síndrome de West;
Doenças degenerativas - Doença de Tay-Sachs;
Doenças gênicas - fenilcetonúria, esclerose tuberosa, neurofibromatose,
Síndromes de Cornélia De Lange, Willians, Moebius, Mucopolissacaridoses, Zunich;
Alterações cromossômicas - Síndrome de Down ou Síndrome do X frágil (a mais
importante das doenças genéticas associadas ao autismo), bem como alterações
estruturais expressas por deleções, translocações, cromossomas em anel e outras;
Intoxicações diversas.
Quais são os sinais e sintomas do autismo?
A criança autista prefere o isolamento. O autismo é caracterizado por
diversos distúrbios:
de percepção, como por exemplo dificuldades para entender o que ouve;
de desenvolvimento, principalmente nas esferas motoras, da linguagem e
social;
de relacionamento social, expresso principalmente através do olhar, da
ausência do sorriso social, do movimento antecipatório e do contato físico;
de fala e de linguagem que variam do mutismo total: à inversão pronominal
(utilização do você para referir-se a si próprio), repetição involuntária de
palavras ou frases que ouviu (ecocalia); e
movimento caracterizado por maneirismos e movimentos estereotipados.
Existe tratamento para o autismo?
Hoje, o tratamento do autismo não se prende a uma única terapêutica. O uso de
medicamentos, que antes desempenhava um papel de fundamental importância no
tratamento (devido à crença da relação do autismo com os quadros psicóticos do
adulto), passa a ter a função de apenas aliviar os sintomas do autista para que
outras abordagens, como a reabilitação e a educação especial, possam ser
adotadas e tenham resultados eficazes.
Quais são os medicamentos utilizados no tratamento do
autismo?
As principais drogas que podem ser utilizadas no tratamento são:
Os neurolépticos, utilizados para reduzir os sintomas do austismo. Têm uma
resposta geral boa e conseqüente melhoria do aprendizado, embora possa
apresentar efeitos colaterais como sedação excessiva, reações distônicas
(rigidez mulcular), discinesia (alteração do movimento muscular) e efeitos
parkinsonianos (tremor);
As anfetaminas, utilizadas na tentativa de diminuir a hiperatividade e
melhorar a atenção, mas têm como efeitos colaterais o aparecimento de excitação
motora, a irritabilidade e a diminuição do apetite;
Os Anti-opióides, utilizados no tratamento de dependência a drogas, têm sua
ação principalmente em quadros de auto-agressividade. Provoca tranquilização,
diminuição da hiperatividade, da impulsividade, da repetição persistente de
atos, palavras ou frases sem sentido (estereotipias) e da agressividade,
causando como efeito colateral a hipoatividade.
A utilização de complexos vitamínicos como a Vitamina B6 associada ao
Aspartato de Magnésio, bem como o uso de Ácido Fólico, embora descritos por
diversos autores, apresenta aspectos e resultados conflitantes.
Em que consiste a reabilitação da criança
autista?
A propostas de reabilitação substituem os modelos psicoterápicos de base
analítica das décadas de 50 e 60, quando a doença era considerada uma
conseqüência de distúrbio afetivo. Esses modelos de reabilitação podem então ser
caracterizados como: ·
Modificação de comportamento;
Terapia de "Holding";
Aproximação direta do paciente;
Comunicação facilitada; ·
Técnicas de integração sensorial; e
Treino auditivo.
Como é a educação especial para o autista?
Dentre os modelos educacionais para o autista, o mais importante, neste
momento, é o método TEACCH, desenvolvido pela Universidade da Carolina do Norte
e que tem como postulados básicos de sua filosofia:
a) propiciar o desenvolvimento adequado e compatível com as potencialidades
e a faixa etária do paciente;
b) funcionalidade (aquisição de habilidades que tenham função prática);
c) independência (desenvolvimento de capacidades que permitam maior
autonomia possível);
d) integração de prioridades entre família e programa, ou seja, objetivos a
serem alcançados devem ser únicos e a estratégias adotadas devem ser uniformes.
Dentro desse modelo, é estabelecido um plano terapêutico individual, onde é
definida uma programação diária para a criança autista. O aprendizado parte de
objetos concretos e passa gradativamente para modelos representacionais e
simbólicos, de acordo com as possibilidades do paciente.
domingo, 1 de abril de 2012
O QUE É DEFICIÊNCIA INTELECTUAL OU ATRASO COGNITIVO
1. O que é Deficiência Intelectual ou atraso cognitivo?
Deficiência intelectual ou atraso mental é um termo que se usa
quando uma pessoa apresenta certas limitações no seu funcionamento mental e no
desempenho de tarefas como as de comunicação, cuidado pessoal e de
relacionamento social.Estas limitações provocam uma maior lentidão na
aprendizagem e no desenvolvimento dessas pessoas.As crianças com atraso
cognitivo podem precisar de mais tempo para aprender a falar, a caminhar e a
aprender as competências necessárias para cuidar de si, tal como vestir-se ou
comer com autonomia. É natural que enfrentem dificuldades na escola. No entanto
aprenderão, mas necessitarão de mais tempo. É possível que algumas crianças não
consigam aprender algumas coisas como qualquer pessoa que também não consegue
aprender tudo.
2. Quais são as causas da Deficiência Intelectual ou Atraso Cognitivo?
Os investigadores encontraram muitas causas da
deficiência intelectual, as mais comuns são:Condições genéticas: Por vezes,
o atraso mental é causado por genes anormais herdados dos pais, por erros ou
acidentes produzidos na altura em que os genes se combinam uns com os outros, ou
ainda por outras razões de natureza genética. Alguns exemplos de condições
genéticas propiciadoras do desenvolvimento de uma deficiência intelectual
incluem a síndrome de Down ou a fenilcetonúria.Problemas durante a gravidez:
O atraso cognitivo pode resultar de um desenvolvimento inapropriado do embrião
ou do feto durante a gravidez. Por exemplo, pode acontecer que, a quando da
divisão das células, surjam problemas que afetem o desenvolvimento da criança.
Uma mulher alcoólica ou que contraia uma infecção durante a gravidez, como a
rubéola, por exemplo, pode também ter uma criança com problemas de
desenvolvimento mental.Problemas ao nascer: Se o bebê tem problemas durante
o parto, como, por exemplo, se não recebe oxigênio suficiente, pode também
acontecer que venha a ter problemas de desenvolvimento mental.Problemas de
saúde: Algumas doenças, como o sarampo ou a meningite podem estar na origem de
uma deficiência mental, sobretudo se não forem tomados todos os cuidados de
saúde necessários. A mal nutrição extrema ou a exposição a venenos como o
mercúrio ou o chumbo podem também originar problemas graves para o
desenvolvimento mental das crianças.Nenhuma destas causas produz, por si
só, uma deficiência intelectual. No entanto, constituem riscos, uns mais sérios
outros menos, que convém evitar tanto quanto possível. Por exemplo, uma doença
como a meningite não provoca forçosamente um atraso intelectual; o consumo
excessivo de álcool durante a gravidez também não; todavia, constituem riscos
demasiados graves para que não se procure todos os cuidados de saúde necessários
para combater a doença, ou para que não se evite o consumo de álcool durante a
gravidez.A deficiência intelectual não é uma doença. Não pode ser
contraída a partir do contágio com outras pessoas, nem o convívio com um
deficiente intelectual provoca qualquer prejuízo em pessoas que o não sejam. O
atraso cognitivo não é uma doença mental (sofrimento psíquico), como a
depressão, esquizofrenia, por exemplo. Não sendo uma doença, também não faz
sentido procurar ou esperar uma cura para a deficiência intelectual.A grande
maioria das crianças com deficiência intelectual consegue aprender a fazer
muitas coisas úteis para a sua família, escola, sociedade e todas elas aprendem
algo para sua utilidade e bem-estar da comunidade em que vivem. Para isso
precisam, em regra, de mais tempo e de apoios para lograrem sucesso.3.
Como se diagnostica a Deficiência Intelectual ou Atraso Cognitivo?A
deficiência intelectual ou atraso cognitivo diagnostica-se, observando duas
coisas:A capacidade do cérebro da pessoa para aprender, pensar, resolver
problemas, encontrar um sentido do mundo, uma inteligência do mundo que as
rodeia (a esta capacidade chama-se funcionamento cognitivo ou funcionamento
intelectual)A competência necessária para viver com autonomia e
independência na comunidade em que se insere (a esta competência também se chama
comportamento adaptativo ou funcionamento adaptativo).Enquanto o
diagnóstico do funcionamento cognitivo é normalmente realizado por técnicos
devidamente habilitados (psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos, etc.), já o
funcionamento adaptativo deve ser objeto de observação e análise por parte da
família, dos pais e dos educadores que convivem com a criança.Para obter
dados a respeito do comportamento adaptativo deve procurar saber-se o que a
criança consegue fazer em comparação com crianças da mesma idade
cronológica.Certas competências são muito importantes para a organização
desse comportamento adaptativo:As competências de vida diária, como
vestir-se, tomar banho, comer.As competências de comunicação, como
compreender o que se diz e saber responder.As competências sociais com os
colegas, com os membros da família e com outros adultos e crianças.Para
diagnosticar a Deficiência Intelectual, os profissionais estudam as capacidades
mentais da pessoa e as suas competências adaptativas. Estes dois aspectos fazem
parte da definição de atraso cognitivo comum à maior parte dos cientistas que se
dedicam ao estudo da deficiência intelectual.O fato de se organizarem
serviços de apoio a crianças e jovens com deficiência intelectual deve
proporcionar uma melhor compreensão sobre a situação concreta da criança de quem
se diz que tem um atraso cognitivo.Após uma avaliação inicial, devem ser
estudadas as potencialidades e as dificuldades que a criança apresenta. Deve
também ser estudada a quantidade e natureza de apoio de que a criança possa
necessitar para estar bem em casa, na escola e na comunidade.Esta
perspectiva global dá-nos uma visão realista de cada criança. Por outro lado,
serve também para reconhecer que a “visão” inicial pode, e muitas vezes devem
mudar ou evoluir. À medida que a criança vai crescendo e aprendendo, também a
sua capacidade para encontrar o seu lugar, o seu melhor lugar, no mundo
aumenta.4. Qual é a freqüência da Deficiência Intelectual?A
maior parte dos estudos aponta para uma freqüência de 2% a 3% sobre as crianças
com mais de 6 anos. Não é a mesma coisa determinar essa freqüência em crianças
mais novas ou em adultos. A Administração dos EUA considera o valor de 3% para
efeitos de planificação dos apoios a conceder a alunos com atraso cognitivo.
Esta percentagem é um valor de referência que merece bastante credibilidade. Mas
não é mais do que um valor de referência.5. Orientação aos
Pais:Procure saber mais sobre deficiência intelectual: outros pais,
professores e técnicos poderão ajudar.Incentive o seu filho a ser
independente: por exemplo, ajude-o a aprender competências de vida diária, tais
como: vestir-se, comer sozinho, tomar banho, arrumar-se para
sair.Atribua-lhe tarefas próprias e de responsabilidade. Tenha sempre em
mente a sua idade real, a sua capacidade para manter-se atento e as suas
competências. Divida as tarefas em passos pequenos. Por exemplo, se a tarefa do
seu filho é a de pôr a mesa, peça-lhe primeiro que escolha o número apropriado
de guardanapos; depois, peça-lhe que coloque cada guardanapo no lugar de cada
membro da família. Se for necessário, ajude-o em cada passo da tarefa. Nunca o
abandone numa situação em que não seja capaz de realizar com sucesso. Se ele não
conseguir, demonstre como deve ser.Elogie o seu filho sempre que consiga
resolver um problema. Não se esqueça de elogiar também quando o seu filho se
limita a observar a forma como se pode resolver a tarefa: ele também realizou
algo importante, esteve consigo para que as coisas corram melhor no
futuro.Procure saber quais são as competências que o seu filho está
aprendendo na escola. Encontre formas de aplicar essas competências em casa. Por
exemplo, se o professor lhe está ensinando a usar o dinheiro, leve o seu filho
ao supermercado. Ajude-o a reconhecer o dinheiro necessário para pagar as
compras. Explique e demonstre sempre como se faz, mesmo que a criança pareça não
perceber. Não desista, nem deixe nunca o seu filho numa situação de insucesso,
se puder evitar.Procure oportunidades na sua comunidade para que ele
possa participar em atividades sociais, por exemplo: escoteiros, os clubes,
atividades de desporto. Isso o ajudará a desenvolver competências sociais e a
divertir-se.Fale com outros pais que tenham filhos com deficiência
intelectual: os pais podem partilhar conselhos práticos e apoio
emocional.Não falte às reuniões de escola, em que os professores vão
elaborar um plano para responder melhor às necessidades do seu filho. Se a
escola não se lembrar de convidar os pais, mostre a sua vontade em participar na
resolução dos problemas. Não desista nunca de oferecer ajuda aos professores
para que conheçam melhor o seu filho. Pergunte também aos professores como é que
pode apoiar a aprendizagem escolar do seu filho em casa.6.
Orientação aos Professores:Aprenda tudo o que puder sobre deficiência
intelectual. Procure quem possa aconselhar na busca de bibliografia adequada ou
utilize bibliotecas, internet, etc.Reconheça que o seu empenho pode fazer
uma grande diferença na vida de um aluno com deficiência ou sem deficiência.
Procure saber quais são as potencialidades e interesses do aluno e concentre
todos os seus esforços no seu desenvolvimento. Proporcione oportunidades de
sucesso.Participe ativamente na elaboração do Plano Individual de Ensino do
aluno e Plano Educativo. Este plano contém as metas educativas, que se espera
que o aluno venha a alcançar, e define responsabilidades da escola e de serviços
externos para a boa condução do plano.Seja tão concreto quanto possível para
tornar a aprendizagem vivenciada. Demonstre o que pretende dizer. Não se limite
a dar instruções verbais. Algumas instruções verbais devem ser acompanhadas de
uma imagem de suporte, desenhos, cartazes. Mas também não se limite a apoiar as
mensagens verbais com imagens. Sempre que necessário e possível, proporcione ao
aluno materiais e experiências práticas e oportunidade de experimentar as
coisas.Divida as tarefas novas em passos pequenos. Demonstre como se realiza
cada um desses passos. Proporcione ajuda, na justa medida da necessidade do
aluno. Não deixe que o aluno abandone a tarefa numa situação de insucesso. Se
for necessário, solicite ao aluno que seja ele a ajudar o professor a resolver o
problema. Partilhe com o aluno o prazer de encontrar uma solução.Acompanhe a
realização de cada passo de uma tarefa com comentários imediatos e úteis para o
prosseguimento da atividade.Desenvolva no aluno competências de vida diária,
competências sociais e de exploração e consciência do mundo envolvente.
Incentive o aluno a participar em atividades de grupo e nas organizações da
escola.Trabalhe com os pais para elaborar e levar a cabo um plano educativo
que respeite as necessidades do aluno. Partilhe regularmente informações sobre a
situação do aluno na escola e em casa.7. Que expectativas de futuro têm
as crianças com Deficiência Intelectual?Sabemos atualmente que 87% das
crianças com deficiência intelectual só serão um pouco mais lentas do que a
maioria das outras crianças na aprendizagem e aquisição de novas competências.
Muitas vezes é mesmo difícil distingui-las de outras crianças com problemas de
aprendizagem sem deficiência intelectual, sobretudo nos primeiros anos de
escola. O que distingue umas das outras é o fato de que o deficiente intelectual
não deixa de realizar e consolidar aprendizagens, mesmo quando ainda não possui
as competências adequadas para integrá-las harmoniosamente no conjunto dos seus
conhecimentos. Daqui resulta não um atraso simples que o tempo e a experiência
ajudarão a compensar, mas um processo diferente de compreender o mundo. Essa
diferente compreensão do mundo não deixa, por isso, de ser inteligente e mesmo
muito adequada à resolução de inúmeros problemas do quotidiano. È possível que
as suas limitações não sejam muito visíveis nos primeiros anos da infância. Mais
tarde, na vida adulta, pode também acontecer que consigam levar uma vida
bastante independente e responsável. Na verdade, as limitações serão visíveis em
função das tarefas que lhes sejam pedidas.Os restantes 13% terão muito mais
dificuldades na escola, na sua vida familiar e comunitária. Uma pessoa com
atraso mais severo necessitará de um apoio mais intensivo durante toda a sua
vida.Todas as pessoas com deficiência intelectual são capazes de crescer,
aprender e desenvolver-se. Com a ajuda adequada, todas as crianças com
deficiência intelectual podem viver de forma satisfatória a sua vida
adulta.8. Que expectativas de futuro têm as crianças com Deficiência
Intelectual na Escola?Uma criança com deficiência intelectual pode obter
resultados escolares muito interessantes. Mas nem sempre a adequação do
currículo funcional ou individual às necessidades da criança exige meios
adicionais muito distintos dos que devem ser providenciados a todos os alunos,
sem exceção.Antes de ir para a escola e até ao três anos, a criança deve
beneficiar de um sistema de intervenção precoce. Os educadores e outros técnicos
do serviço de intervenção precoce devem pôr em prática um Plano Individual de
Apoio à Família.Este plano define as necessidades individuais e únicas da
criança. Define também o tipo de apoio para responder a essas necessidades. Por
outro lado, enquadra as necessidades da criança nas necessidades individuais e
únicas da família, para que os pais e outros elementos da família saibam como
ajudar a criança.Quando a criança ingressa na Educação Infantil e depois no
Ensino Fundamental, os educadores em parceria com a família devem por em prática
um programa educativo que responda às necessidades individuais e únicas da
criança. Este programa é em tudo idêntico ao anterior, só que ajustado à idade
da criança e à sua inclusão no meio escolar. Define as necessidades do aluno e
os tipos de apoio escolar e extra-escolar.A maior parte dos alunos necessita
de apoio para o desenvolvimento de competências adaptativas, necessárias para
viver, trabalhar e divertir-se na comunidade.Algumas destas competências
incluem:A comunicação com as outras pessoas.Satisfazer necessidades
pessoais (vestir-se, tomar banho).Participar na vida familiar (pôr a mesa,
limpar o pó, cozinhar).Competências sociais (conhecer as regras de
conversação, portar-se bem em grupo, jogar e divertir-se).Saúde e
segurança.Leitura, escrita e matemática básica; e à medida que vão
crescendo, competências que ajudarão a crianças na transição para a vida adulta.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Dia Internacional da Sindrome de Down
Esta quarta-feira, 21 de março, é Dia Internacional da Síndrome de Down. Exemplos de jovens com síndrome de down que superaram vários obstáculos e chegaram à universidade. A repórter Geiza Duarte conta a história da estudante Jessica Figueiredo e da pedagoga Erida Nublat, apenas duas entre esses vários jovens.
Aprovada em três vestibulares, Jéssica Figueiredo escolheu o curso de
fotografia, mas ainda quer estudar moda. Ela tem síndrome de Down e diz que
estar na faculdade é realizar um sonho. “Eu estudei muito, muito, muito mesmo.
Todo dia. Eu tenho uma paixão por estudo”, conta a estudante.
Ver Jéssica ir tão longe, para a mãe, é mais do que uma vitória individual.
“Representa a conquista de uma geração que enfrentou inúmeras dificuldades para
entrar na escola regular. Não só para entrar, mas para permanecer nela”, afirma
a servidora pública Ana Claudia Figueiredo, mãe de Jéssica.
Um levantamento feito por uma organização não governamental contou 18
estudantes com Down no Ensino Superior no Brasil.
Educadores e pais de jovens com síndrome de Down acreditam que esse avanço
deles na escola aconteceu principalmente graças à inclusão. Há pouco mais de dez
anos, só 20% dos alunos com deficiência frequentavam turmas regulares. Hoje, 75%
estão em escolas regulares.
Foi o que mostrou o último censo escolar. Para vencer a dificuldade de
aprendizado, a criança precisa de acompanhamento de profissionais como
fonoaudiólogos e pedagogos, desde os primeiros meses de vida. “A forma como ela
aprende é mais lenta. Então, a gente precisa estimular para que ela possa
acompanhar as crianças da idade dela”, explica a fisioterapeuta Nadja
Quadros.
Na rede pública, de acordo com o Ministério da Educação, 84 mil professores
são especializados em ensino especial. “Os estados e municípios vêm buscando
implementar políticas de inclusão escolar. Ainda não são suficientes, mas são
bastante significativas. O que demonstra isso é que as famílias buscam acesso e,
dessa forma, fazem avançar essa política”, afirma Claudia Dutra, da secretaria
de Diversidade e Inclusão do MEC.
Para o diretor da Sociedade Brasileira de Pediatria, Dennis Burns, o sucesso
na escola e na vida também depende muito das famílias: “Hoje, as famílias
entendem que as suas crianças têm um lugar na sociedade. Abrem oportunidade para
as crianças aprenderem mais e demonstrarem aquilo que aprenderam”.
A família da Érica não se abateu quando uma professora disse que a menina,
aos 8 anos, não tinha mais o que aprender na escola. “Ela foi para outra escola
e terminou a faculdade”, conta Valéria Duarte, mãe de Érida. “Meio complicado,
mas consegui com o meu esforço”, revela a pedagoga Erida Nublat. “Agora quero
mais trabalho e mais estudo”.
Ainda nesta quarta-feira, no Senado, vai ser lançado o Portal Movimento Down,
com orientações, informações. Por exemplo, as pessoas com síndrome de down têm
uma série de direitos garantidos por lei, direito a escolas inclusivas, à
preferência de atendimento em hospitais públicos.
Esta quarta-feira é um dia dedicado aos downs para celebrar o respeito à
diferença e o esforço pela igualdade.
segunda-feira, 19 de março de 2012
DICAS
Os 10 Mandamentos para pais de crianças especiais
1. Viva um dia de cada vez, e viva-o positivamente. Você não tem controle sobre o futuro, mas tem controle sobre hoje.
2. Nunca subestime o potencial do seu filho. Dê-lhe espaço, encoraje-o, espere sempre que ele se desenvolva ao máximo das suas capacidades. Nunca se esqueça da sua capacidade e da aprendizagem, por pequena que seja.
3. Descubra e permita mentores positivos: familiares e profissionais que possam partilhar consigo a experiência deles, conselhos e apoio.
4. Proporcione e esteja envolvido com os mais apropriados ambientes educacionais e de aprendizagem para o seu filho desde a infância.
5. Tenha em mente os sentimentos e necessidades do seu cônjuge e dos seus outros filhos. Lembre-lhes que esta criança especial não tem mais do seu amor pelo fato de perder com ele mais tempo.
6. Responda apenas perante a sua consciência: poderá depois responder ao seu filho. Não precisa justificar as suas ações aos seus amigos ou ao público.
7. Seja honesto com os seus sentimentos. Não pode ser um super-pai 24 horas por dia. Permita-se a si mesmo ciúmes, zanga, piedade, frustração e depressão em pequenas necessidades sempre que seje necessário.
8. Seja gentil para consigo mesmo. Não se foque continuamente naquilo que precisa de ser feito. Lembre-se de olhar para o que já conseguiu atingir.
9. Pare e cheire as rosas. Tire vantagem do fato de ter ganho uma apreciação especial pelos pequenos milagres da vida que os outros dão como garantidos.
10. Mantenha e use o sentido de humor. Desmanchar-se a rir pode evitar que seja desmanchado pelo stress.
domingo, 11 de março de 2012
DICAS PARA RECONHECER OS ÍNDIGOS
* Tem alta sensibilidade
* Tem excessivo montante de energia
* Distraem-se facilmente
* Têm baixo poder de concentração
* Requerem emocionalmente estabilidade e segurança dos adultos
* Resistem à autoridade se não for democraticamente orientada
* Possuem maneiras preferenciais na aprendizagem particularmente na leitura e matemática
* Aprendem através do nível de explicação, resistindo à memorização mecânica ou a serem simplesmente ouvintes
* Não conseguem ficar quietas ou sentadas, a menos que estejam envolvidas em alguma
coisa do seu interesse
* São muito compassivas; tem muitos medos tais como a morte e a perda dos amados
* Se elas experimentarem muito cedo decepção ou falha, podem desistir e desenvolver um
bloqueio permanente.
CRIANÇAS ÍNDIGOS
A partir da década de 80, elas começaram a chegar, mais e mais. São crianças
espetaculares. Elas chegam para ajudar a Humanidade na transformação social,
educacional, familiar e espiritual de todo o planeta, independente das
fronteiras e das classes sociais. Estas crianças são como catalisadores para
desencadear as reações necessárias para as transformações.Estas crianças
possuem uma estrutura cerebral diferente naquilo que toca ao uso das
potencialidades dos hemisférios esquerdo (menos) e direito (mais). Isso quer
dizer que elas vão além do plano intelectual, sendo que no plano comportamental
está o foco do seu brilho. Elas exigem do ambiente em volta delas certas
características que não são comuns ou autênticas nas sociedades atuais. Elas
ajudar-nos-ão a destituir dois paradigmas da humanidade:- Elas nos
ajudarão a diminuir o distanciamento entre o PENSAR e o AGIR. Hoje na nossa
sociedade todos sabem o que é certo ou errado. No entanto, nós freqüentemente
agimos diferentemente do que pensamos. Dessa maneira, estas crianças vão nos
induzir a diminuir este distanciamento gerando assim uma sociedade mais
autêntica, transparente, verdadeira, com maior confiança nos
inter-relacionamentos;- Elas também nos ajudarão a mudar o foco do EU
para o PRÓXIMO, inicialmente a partir do restabelecimento da autenticidade e
confiança da humanidade, que são pré-requisitos para que possamos respeitar e
considerar mais o PRÓXIMO do que a nós mesmos. Como conseqüência, teremos a
diminuição do egoísmo, da inveja, das exclusões, resultando numa maior
solidariedade, partilha e cooperação entre todos os seres.Talvez esteja
a questionar-se: como é que estas crianças vão fazer tal transformação?
Através do questionamento e transformação de todas as entidades rígidas que
as circundam. Começando pela Família, que hoje se baseia na imposição de regras,
sem tempo de dedicação, sem autenticidade, sem explicações, sem informação, sem
escolha e sem negociação. Estas crianças simplesmente não respondem a estas
estruturas rígidas porque para elas é imprescindível haver opções, relações
verdadeiras e muita negociação. Elas não aceitam serem enganadas porque elas têm
uma "intuição" nata para perceber as verdadeiras intenções e, mais, não têm
medo. Portanto, intimidá-las não traz qualquer resultado, porque elas sempre
encontrarão uma maneira de obter a verdade. Elas percebem as verdadeiras
intenções e as fraquezas dos adultos.
Vamos saber mais em www.casa-indigo.com
sexta-feira, 9 de março de 2012
DISLEXIA
Dislexia é um transtorno genético e hereditário da linguagem, de origem neurobiológica, que se caracteriza pela dificuldade de decodificar o estímulo escrito ou o símbolo gráfico. A dislexia compromete a capacidade de aprender a ler e escrever com correção e fluência e de compreender um texto. Em diferentes graus, os portadores desse defeito congênito não conseguem estabelecer a memória fonêmica, isto é, associar os fonemas às letras.De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, o transtorno acomete de 0,5% a 17% da população mundial, pode manifestar-se em pessoas com inteligência normal ou mesmo superior e persistir na vida adulta.A causa do distúrbio é uma alteração cromossômica hereditária, o que explica a ocorrência em pessoas da mesma família. Pesquisas recentes mostram que a dislexia pode estar relacionada com a produção excessiva de testosterona pela mãe durante a gestação da criança.
SINTOMAS
Os sintomas variam de acordo com os diferentes graus de gravidade do distúrbio e tornam-se mais evidentes durante a fase da alfabetização. Entre os mais comuns encontram-se as seguintes dificuldades:
1) para ler, escrever e soletrar;
2) de entendimento do texto escrito;
3) para de identificar fonemas, associá-los às letras e reconhecer rimas e aliterações;
4) para decorar a tabuada, reconhecer símbolos e conceitos matemáticos (discalculia);
5) ortográficas: troca de letras, inversão, omissão ou acréscimo de letras e sílabas (disgrafia);
6) de organização temporal e espacial e coordenação motor.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito por exclusão, em geral por equipe multidisciplinar (médico, psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, neurologista). Antes de afirmar que uma pessoa é disléxica, é preciso descartar a ocorrência de deficiências visuais e auditivas, déficit de atenção, escolarização inadequada, problemas emocionais, psicológicos e socioeconômicos que possam interferir na aprendizagem.É de extrema importância estabelecer o diagnóstico precoce para evitar que sejam atribuídos aos portadores do transtorno rótulos depreciativos, com reflexos negativos sobre sua auto-estima e projeto de vida.
TRATAMENTO:
Ainda não se conhece a cura para a dislexia. O tratamento exige a participação de especialistas em várias áreas (pedagogia, fonoaudiologia, psicologia, etc.) para ajudar o portador de dislexia a superar, na medida do possível, o comprometimento no mecanismo da leitura, da expressão escrita ou da matemática.
RECOMENDAÇÕES
* Algumas dificuldades que as crianças podem apresentar durante a alfabetização só ocorrem porque são pequenas e imaturas e ainda não estão prontas para iniciar o processo de leitura e escrita. Se as dificuldades persistirem, o ideal é encaminhar a criança para avaliação por profissionais capacitados;* O diagnóstico de dislexia não significa que a criança seja menos inteligente; significa apenas que é portadora de um distúrbio que pode ser corrigido ou atenuado;* O tratamento da dislexia pressupõe um processo longo que demanda persistência;* Portadores de dislexia devem dar preferência a escolas preparadas para atender suas necessidades específicas;* Saber que a pessoa é portadora de dislexia e as características do distúrbio é o melhor caminho para evitar prejuízos no desempenho escolar e social e os rótulos depreciativos que levam à baixa-estima.
DISLALIA INFANTIL
É o transtorno de linguagem mais comum em crianças e o mais fácil de se identificar. A dislalia é um distúrbio da fala que se caracteriza pela dificuldade de articulação de palavras: o portador da dislalia pronuncia determinadas palavras de maneira errada, omitindo, trocando, transpondo, distorcendo ou acrescentando fonemas ou sílabas a elas.Quando se encontra um paciente dislálico, deve-se examinar os órgãos da fala e da audição a fim de se detectar se a causa da dislalia é orgânica (mais rara de acontecer, decorrente de má-formação ou alteração dos órgãos da fala e audição), neurológica ou funcional (quando não se encontra qualquer alteração física a que possa ser atribuída à dislalia).A dislalia também pode interferir no aprendizado da escrita tal como ocorre com a fala.A maioria dos casos de dislalia ocorre na primeira infância, quando a criança está aprendendo a falar. As principais causas, nestes casos, decorrem de fatores emocionais, como, por exemplo, ciúme de um irmão mais novo que nasceu, separação dos pais ou convivência com pessoas que apresentam esse problema (babás ou responsáveis, por exemplo, que dizem “pobrema”, “Framengo”, etc.), e a criança acaba assimilando essa deficiência.É o transtorno de linguagem mais comum em meninos, e o mais conhecido e mais fácil de se identificar. Pode apresentar-se entre os 3 e os 5 anos, com alterações na articulação dos fonemas. O diagnóstico de um menino com dislalia, revela-se quando se nota que é incapaz de pronunciar corretamente os sons vistos como normais segundo sua idade e desenvolvimento. Uma criança com dislalia, pode substituir uma letra por outra, ou não pronunciar consoantes. Quando o bebê começa a falar, o fará emitindo os sons mais simples, como o m ou o p. Não é para menos que o dizer mamãe ou papai não terá que fazer muito esforço, desde quando receba estimulação. A partir daí, o bebê começará a pronunciar sons cada vez mais difíceis, o que exigirá mais esforço dos músculos e órgãos ligados à fala. É muito normal que as primeiras falsa do bebê, entre o 8º e o 18º mês de idade, apresentem erros de pronúncia. O bebê dirá aua, quando pedir água, ou peta, quando quiser chupeta. Os bebês simplificarão os sons para que facilitarem a pronúncia. No entanto, à medida que o bebê adquira mais habilidades na articulação, sua pronúncia será mais clara. Enquanto esse processo não se realiza, pode-se falar de dislalias. Quando a dislalia começa? Quando uma criança menor de 4 anos apresenta erros na pronúncia, é considerado como normal, uma etapa no desenvolvimento da linguagem infantil. Nessa etapa, não se aplica tratamentos, já que sua fala está em fase de maturação. No entanto, se os erros na fala se mantém depois dos 4 anos, deve-se consultar um especialista em audição e linguagem, um fonoaudiólogo, por exemplo.
Tipos de dislalia;
A dislalia é muito variada. Existem dislalias orgânicas, audiógenas, ou funcionais.
A dislalia funcional é a mais frequente e se caracteriza incorretamente o ponto e modo de articulação do fonema.
A dislalia orgânica faz com que a criança tenha dificuldades para articular determinados fonemas por problemas orgânicos. Quando apresentam alterações nos neurônios cerebrais, ou alguma má formação ou anomalias nos órgãos da fala.
A dislalia audiógena se caracteriza por dificuldades por problemas auditivos. A criança se sente incapaz de pronunciar corretamente os fonemas porque não ouvem bem. Em alguns casos, é necessário que as crianças utilizem próteses. Uma recomendação fundamental para impedir o desenvolvimento da dislalia é para que os pais e familiares do dislálico não fiquem achando engraçadinho quando a criança pronuncia palavras de maneira errada, como “Tota-Tola”, ao invés de “Coca-Cola”.
Fontes consultadas:- Guiadepsicologia.com
Delogopedia.com- Mikinder.blogspot.com
simonboasfalas.com.br
quinta-feira, 1 de março de 2012
LEGISLAÇÃO DE APOIO PARA ATENDIMENTO DE CRIANÇAS COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
LDB 9.394/96
Art. 12 - Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do
seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I - elaborar e executar sua Proposta Pedagógica.
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento.
Art. 23 - A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos
semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não
seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma
diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem
assim o recomendar.
Art. 24 - V, a) avaliação contínua e cumulativa; prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período.
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (ECA)
Art. 53, incisos I, II e III
“a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – direito de ser respeitado pelos seus educadores;
III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores.”
Deliberação CEE nº 11/96
Artigo 1º - “o resultado final da avaliação feita pela Escola, de acordo com
seu regimento, deve refletir o desempenho global do aluno durante o período
letivo, no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados obtidos
durante o período letivo sobre os da prova final, caso esta seja exigida,
considerando as características individuais do aluno e indicando sua
possibilidade de prosseguimento nos estudos.”
Indicação CEE nº 5/98, de 15/4/98
D.O.E. em 23/9/98
“(...) educação escolar consiste na formação integral e funcional dos
educandos, ou seja, na aquisição de capacidades de todo tipo: cognitivas,
motoras, afetivas, de autonomia, de equilíbrio pessoal, de inter-relação
pessoal e de inserção social.
(...) os conteúdos escolares não podem se limitar aos conceitos e sim devem
incluir procedimentos, habilidades, estratégias, valores, normas e atitudes. E
tudo deve ser assimilado de tal maneira que possa ser utilizado para resolver
problemas nos vários contextos.
(...) os alunos não aprendem da mesma maneira e nem no mesmo ritmo. O que eles
podem aprender em uma determinada fase depende de seu nível de amadurecimento,
de seus conhecimentos anteriores, de seu tipo de inteligência, mais verbal,
mais lógica ou mais espacial. No cotidiano da sala de aula, convivem pelo menos
três tipos de alunos que têm “aproveitamento insuficiente” : os imaturos, que
precisam de mais tempo para aprender; os que têm dificuldade específica em uma
área do conhecimento; e os que, por razões diversas, não se aplicam, não
estudam, embora tenham condições.
(...) recuperar significa voltar, tentar de novo, adquirir o que perdeu, e não
pode ser entendido como um processo unilateral. Se o aluno não aprendeu, o
ensino não produziu seus efeitos, não havendo aqui qualquer utilidade em
atribuir-se culpa ou responsabilidade a uma das partes envolvidas. Para
recobrar algo perdido, é preciso sair à sua procura e o quanto antes melhor:
inventar estratégias de busca, refletir sobre as causas, sobre o momento ou
circunstâncias em que se deu a perda, pedir ajuda, usar uma lanterna para
iluminar melhor. Se a busca se restringir a dar voltas no mesmo lugar,
provavelmente não será bem sucedida.
(...) O compromisso da Escola não é somente com o ensino, mas principalmente
com a aprendizagem. O trabalho só termina quando todos os recursos forem usados
para que todos os alunos aprendam. A recuperação deve ser entendida como uma das
partes de todo o processo ensino-aprendizagem de uma escola que respeite a
diversidade de características e de necessidades de todos os alunos.
(...) Dentro de um projeto pedagógico consistente, a recuperação deve ser
organizada para atender aos problemas específicos de aprendizagem que alguns
alunos apresentam, e isso não ocorre em igual quantidade em todas as matérias
nem em épocas pré-determinadas no ano letivo. A recuperação da aprendizagem
precisa: - ser imediata, assim que for constatada a perda, e contínua; ser
dirigida às dificuldades específicas do aluno; abranger não só os conceitos,
mas também as habilidades, procedimentos e atitudes.
(...) A recuperação paralela deve ser preferencialmente feita pelo próprio
professor que viveu com o aluno aquele momento único de construção do
conhecimento. Se bem planejada e baseada no conhecimento da dificuldade do
aluno, é um recurso útil.”
Parecer CEE nº 451/98 - 30/7/98
D.O.E. de 01/08/98, páginas 18 e 19, seção I
"a expressão '...rendimento escolar...' , que se encontra no inciso V do
artigo 24 da Lei 9.394/96, se refere exclusivamente a aprendizagem cognitiva?
Resposta: Não. A legislação sobre avaliação/verificaçã o do rendimento escolar,
sobretudo o referido artigo, não restringe a expressão "rendimento
escolar" exclusivamente à aprendizagem cognitiva.
A lei 9.394/96, ao tratar da educação básica,
situou-a no quadro de abertura que permitiu, aos que dela fossem cuidar, em
seus diferentes níveis e modalidades, a pensasse como um todo e a explicitasse,
nos limites do seu texto, em sua proposta pedagógica e em seu regimento. Na
elaboração dessa proposta e desse regimento, consubstanciado certamente numa
visão de homem, de sociedade e, por conseqüência, numa concepção de educação e
de avaliação, cuidados especiais deverão ser tomados para que estejam contidos,
nesses instrumentos, procedimentos referentes ao processo ensino-aprendizagem ,
e em particular ao de verificação do rendimento escolar.
O legislador deixou sob a responsabilidade da escola e de toda sua equipe a
definição do projeto de educação, de metodologia e de avaliação a serem
desenvolvidas. Abandonou detalhes para agarrar-se ao amplo, ao abrangente.
Aponta, por isso, para uma educação para o progresso, onde estudo e avaliação
devem caminhar juntos, esta última como instrumento indispensável para permitir
em que medida os objetivos pretendidos foram alcançados. Educação vista como um
processo de permanente crescimento do educando, visando seu pleno
desenvolvimento, onde conceitos, menções e notas devem ser vistos como mero
registros, prontos a serem alterados com a mudança de situação. E, nessa busca
do pleno desenvolvimento e do processo do educando, estão presentes outros
objetivos que não só os de dimensão cognitiva mas os de natureza sócio-afetiva
e psicomotora, que igualmente precisam ser trabalhados e avaliados. O cuidado
deve estar é no uso que se pode fazer desta avaliação, não a dissociando da
idéia do pleno desenvolvimento do indivíduo."
Lei nº 10.172 de 9 de janeiro de 2001 - Plano Nacional de
Educação
Capítulo 8 - Da Educação Especial
8.2 - Diretrizes
A educação especial se destina a pessoas com necessidades especiais no campo da
aprendizagem, originadas quer de deficiência física, sensorial, mental ou
múltipla, quer de características como de altas habilidades, superdotação ou
talentos.
(...) A integração dessas pessoas no sistema de ensino regular é uma diretriz
constitucional (art. 208, III), fazendo parte da política governamental há pelo
menos uma década. Mas, apesar desse relativamente longo período, tal diretriz
ainda não produziu a mudança necessária na realidade escolar, de sorte que
todas as crianças, jovens e adultos com necessidades especiais sejam atendidos
em escolas regulares, sempre que for recomendado pela avaliação de suas
condições pessoais. Uma política explícita e vigorosa de acesso à educação, de
responsabilidade da União, dos Estados e Distrito Federal e dos Municípios, é
uma condição para que às pessoas especiais sejam assegurados seus direitos à
educação.
Tal política abrange: o âmbito social, do reconhecimento das crianças, jovens e
adultos especiais como cidadãos e de seu direito de estarem integrados na
sociedade o mais plenamente possível; e o âmbito educacional, tanto nos
aspectos administrativos (adequação do espaço escolar, de seus equipamentos e
materiais pedagógicos), quanto na qualificação dos professores e demais
profissionais envolvidos.
O ambiente escolar como um todo deve ser sensibilizado para uma perfeita
integração. Propõe-se uma escola integradora, inclusiva, aberta à diversidade
dos alunos, no que a participação da comunidade é fator essencial. Quanto às
escolas especiais, a política de inclusão as reorienta para prestarem apoio aos
programas de integração.
(...) Requer-se um esforço determinado das autoridades educacionais para
valorizar a permanência dos alunos nas classes regulares, eliminando a nociva
prática de encaminhamento para classes especiais daqueles que apresentam
dificuldades comuns de aprendizagem, problemas de dispersão de atenção ou de
disciplina. A esses deve ser dado maior apoio pedagógico nas suas próprias
classes, e não separá-los como se precisassem de atendimento especial.
Parecer CNE/CEB nº 17/2001
Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001
“O quadro das dificuldades de aprendizagem absorve uma diversidade de
necessidades educacionais, destacadamente aquelas associadas a: dificuldades
específicas de aprendizagem como a dislexia e disfunções correlatas; problemas
de atenção, perceptivos, emocionais, de memória, cognitivos, psicolingüísticos,
psicomotores, motores, de comportamento; e ainda há fatores ecológicos e
socio-econômicos, como as privações de caráter sociocultural e nutricional.”
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Dificuldade de aprendizagem, por vezes referida como desordem de aprendizagem ou transtorno de aprendizagem, é um tipo de desordem pela qual um indivíduo apresenta dificuldades em aprender efetivamente. A desordem afeta a capacidade do cérebro em receber e processar informação e pode tornar problemático para um indivíduo o aprendizado tão rápido quanto o de outro, que não é afetado por ela.
INCLUSÃO
Entendemos por Inclusão o ato ou efeito de incluir.O conceito de educação inclusiva ganhou maior notoriedade a partir de 1994, com a Declaração de Salamanca. No que respeita às escolas, a ideia é de que as crianças com necessidades educativas especiais sejam incluídas em escolas de ensino regular e para isto todo o sistema regular de ensino precisa ser revisto, de modo a atender as demandas individuais de todos os estudantes. O objetivo da inclusão demonstra uma evolução da cultura ocidental, defendendo que nenhuma criança deve ser separada das outras por apresentar alguma diferença ou necessidade especial. Do ponto de vista pedagógico esta integração assume a vantagem de existir interação entre crianças, procurando um desenvolvimento conjunto, com igualdade de oportunidades para todos e respeito à diversidade humana e cultural. No entanto, a inclusão tem encontrado imensa dificuldade de avançar, especialmente devido as resistências por parte das escolas regulares, em se adaptarem de modo a conseguirem integrar as crianças com necessidades especiais, devido principalmente aos altos custos para se criar as condições adequadas. Além disto, alguns educadores resistem a este novo paradigma, que exige destes uma formação mais ampla e uma atuação profissional diferente da que têm experiência. Durante diversas etapas da história da educação, foram os educadores especiais que defenderam a integração de seus alunos em sistemas regulares, porém, o movimento ganhou corpo quando a educação regular passou a aceitar sua responsabilidade nesse processo, e iniciativas inclusivistas começaram a história da educação inclusiva ao redor do mundo.
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