quarta-feira, 21 de março de 2012
Dia Internacional da Sindrome de Down
Esta quarta-feira, 21 de março, é Dia Internacional da Síndrome de Down. Exemplos de jovens com síndrome de down que superaram vários obstáculos e chegaram à universidade. A repórter Geiza Duarte conta a história da estudante Jessica Figueiredo e da pedagoga Erida Nublat, apenas duas entre esses vários jovens.
Aprovada em três vestibulares, Jéssica Figueiredo escolheu o curso de
fotografia, mas ainda quer estudar moda. Ela tem síndrome de Down e diz que
estar na faculdade é realizar um sonho. “Eu estudei muito, muito, muito mesmo.
Todo dia. Eu tenho uma paixão por estudo”, conta a estudante.
Ver Jéssica ir tão longe, para a mãe, é mais do que uma vitória individual.
“Representa a conquista de uma geração que enfrentou inúmeras dificuldades para
entrar na escola regular. Não só para entrar, mas para permanecer nela”, afirma
a servidora pública Ana Claudia Figueiredo, mãe de Jéssica.
Um levantamento feito por uma organização não governamental contou 18
estudantes com Down no Ensino Superior no Brasil.
Educadores e pais de jovens com síndrome de Down acreditam que esse avanço
deles na escola aconteceu principalmente graças à inclusão. Há pouco mais de dez
anos, só 20% dos alunos com deficiência frequentavam turmas regulares. Hoje, 75%
estão em escolas regulares.
Foi o que mostrou o último censo escolar. Para vencer a dificuldade de
aprendizado, a criança precisa de acompanhamento de profissionais como
fonoaudiólogos e pedagogos, desde os primeiros meses de vida. “A forma como ela
aprende é mais lenta. Então, a gente precisa estimular para que ela possa
acompanhar as crianças da idade dela”, explica a fisioterapeuta Nadja
Quadros.
Na rede pública, de acordo com o Ministério da Educação, 84 mil professores
são especializados em ensino especial. “Os estados e municípios vêm buscando
implementar políticas de inclusão escolar. Ainda não são suficientes, mas são
bastante significativas. O que demonstra isso é que as famílias buscam acesso e,
dessa forma, fazem avançar essa política”, afirma Claudia Dutra, da secretaria
de Diversidade e Inclusão do MEC.
Para o diretor da Sociedade Brasileira de Pediatria, Dennis Burns, o sucesso
na escola e na vida também depende muito das famílias: “Hoje, as famílias
entendem que as suas crianças têm um lugar na sociedade. Abrem oportunidade para
as crianças aprenderem mais e demonstrarem aquilo que aprenderam”.
A família da Érica não se abateu quando uma professora disse que a menina,
aos 8 anos, não tinha mais o que aprender na escola. “Ela foi para outra escola
e terminou a faculdade”, conta Valéria Duarte, mãe de Érida. “Meio complicado,
mas consegui com o meu esforço”, revela a pedagoga Erida Nublat. “Agora quero
mais trabalho e mais estudo”.
Ainda nesta quarta-feira, no Senado, vai ser lançado o Portal Movimento Down,
com orientações, informações. Por exemplo, as pessoas com síndrome de down têm
uma série de direitos garantidos por lei, direito a escolas inclusivas, à
preferência de atendimento em hospitais públicos.
Esta quarta-feira é um dia dedicado aos downs para celebrar o respeito à
diferença e o esforço pela igualdade.
segunda-feira, 19 de março de 2012
DICAS
Os 10 Mandamentos para pais de crianças especiais
1. Viva um dia de cada vez, e viva-o positivamente. Você não tem controle sobre o futuro, mas tem controle sobre hoje.
2. Nunca subestime o potencial do seu filho. Dê-lhe espaço, encoraje-o, espere sempre que ele se desenvolva ao máximo das suas capacidades. Nunca se esqueça da sua capacidade e da aprendizagem, por pequena que seja.
3. Descubra e permita mentores positivos: familiares e profissionais que possam partilhar consigo a experiência deles, conselhos e apoio.
4. Proporcione e esteja envolvido com os mais apropriados ambientes educacionais e de aprendizagem para o seu filho desde a infância.
5. Tenha em mente os sentimentos e necessidades do seu cônjuge e dos seus outros filhos. Lembre-lhes que esta criança especial não tem mais do seu amor pelo fato de perder com ele mais tempo.
6. Responda apenas perante a sua consciência: poderá depois responder ao seu filho. Não precisa justificar as suas ações aos seus amigos ou ao público.
7. Seja honesto com os seus sentimentos. Não pode ser um super-pai 24 horas por dia. Permita-se a si mesmo ciúmes, zanga, piedade, frustração e depressão em pequenas necessidades sempre que seje necessário.
8. Seja gentil para consigo mesmo. Não se foque continuamente naquilo que precisa de ser feito. Lembre-se de olhar para o que já conseguiu atingir.
9. Pare e cheire as rosas. Tire vantagem do fato de ter ganho uma apreciação especial pelos pequenos milagres da vida que os outros dão como garantidos.
10. Mantenha e use o sentido de humor. Desmanchar-se a rir pode evitar que seja desmanchado pelo stress.
domingo, 11 de março de 2012
DICAS PARA RECONHECER OS ÍNDIGOS
* Tem alta sensibilidade
* Tem excessivo montante de energia
* Distraem-se facilmente
* Têm baixo poder de concentração
* Requerem emocionalmente estabilidade e segurança dos adultos
* Resistem à autoridade se não for democraticamente orientada
* Possuem maneiras preferenciais na aprendizagem particularmente na leitura e matemática
* Aprendem através do nível de explicação, resistindo à memorização mecânica ou a serem simplesmente ouvintes
* Não conseguem ficar quietas ou sentadas, a menos que estejam envolvidas em alguma
coisa do seu interesse
* São muito compassivas; tem muitos medos tais como a morte e a perda dos amados
* Se elas experimentarem muito cedo decepção ou falha, podem desistir e desenvolver um
bloqueio permanente.
CRIANÇAS ÍNDIGOS
A partir da década de 80, elas começaram a chegar, mais e mais. São crianças
espetaculares. Elas chegam para ajudar a Humanidade na transformação social,
educacional, familiar e espiritual de todo o planeta, independente das
fronteiras e das classes sociais. Estas crianças são como catalisadores para
desencadear as reações necessárias para as transformações.Estas crianças
possuem uma estrutura cerebral diferente naquilo que toca ao uso das
potencialidades dos hemisférios esquerdo (menos) e direito (mais). Isso quer
dizer que elas vão além do plano intelectual, sendo que no plano comportamental
está o foco do seu brilho. Elas exigem do ambiente em volta delas certas
características que não são comuns ou autênticas nas sociedades atuais. Elas
ajudar-nos-ão a destituir dois paradigmas da humanidade:- Elas nos
ajudarão a diminuir o distanciamento entre o PENSAR e o AGIR. Hoje na nossa
sociedade todos sabem o que é certo ou errado. No entanto, nós freqüentemente
agimos diferentemente do que pensamos. Dessa maneira, estas crianças vão nos
induzir a diminuir este distanciamento gerando assim uma sociedade mais
autêntica, transparente, verdadeira, com maior confiança nos
inter-relacionamentos;- Elas também nos ajudarão a mudar o foco do EU
para o PRÓXIMO, inicialmente a partir do restabelecimento da autenticidade e
confiança da humanidade, que são pré-requisitos para que possamos respeitar e
considerar mais o PRÓXIMO do que a nós mesmos. Como conseqüência, teremos a
diminuição do egoísmo, da inveja, das exclusões, resultando numa maior
solidariedade, partilha e cooperação entre todos os seres.Talvez esteja
a questionar-se: como é que estas crianças vão fazer tal transformação?
Através do questionamento e transformação de todas as entidades rígidas que
as circundam. Começando pela Família, que hoje se baseia na imposição de regras,
sem tempo de dedicação, sem autenticidade, sem explicações, sem informação, sem
escolha e sem negociação. Estas crianças simplesmente não respondem a estas
estruturas rígidas porque para elas é imprescindível haver opções, relações
verdadeiras e muita negociação. Elas não aceitam serem enganadas porque elas têm
uma "intuição" nata para perceber as verdadeiras intenções e, mais, não têm
medo. Portanto, intimidá-las não traz qualquer resultado, porque elas sempre
encontrarão uma maneira de obter a verdade. Elas percebem as verdadeiras
intenções e as fraquezas dos adultos.
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sexta-feira, 9 de março de 2012
DISLEXIA
Dislexia é um transtorno genético e hereditário da linguagem, de origem neurobiológica, que se caracteriza pela dificuldade de decodificar o estímulo escrito ou o símbolo gráfico. A dislexia compromete a capacidade de aprender a ler e escrever com correção e fluência e de compreender um texto. Em diferentes graus, os portadores desse defeito congênito não conseguem estabelecer a memória fonêmica, isto é, associar os fonemas às letras.De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, o transtorno acomete de 0,5% a 17% da população mundial, pode manifestar-se em pessoas com inteligência normal ou mesmo superior e persistir na vida adulta.A causa do distúrbio é uma alteração cromossômica hereditária, o que explica a ocorrência em pessoas da mesma família. Pesquisas recentes mostram que a dislexia pode estar relacionada com a produção excessiva de testosterona pela mãe durante a gestação da criança.
SINTOMAS
Os sintomas variam de acordo com os diferentes graus de gravidade do distúrbio e tornam-se mais evidentes durante a fase da alfabetização. Entre os mais comuns encontram-se as seguintes dificuldades:
1) para ler, escrever e soletrar;
2) de entendimento do texto escrito;
3) para de identificar fonemas, associá-los às letras e reconhecer rimas e aliterações;
4) para decorar a tabuada, reconhecer símbolos e conceitos matemáticos (discalculia);
5) ortográficas: troca de letras, inversão, omissão ou acréscimo de letras e sílabas (disgrafia);
6) de organização temporal e espacial e coordenação motor.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito por exclusão, em geral por equipe multidisciplinar (médico, psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, neurologista). Antes de afirmar que uma pessoa é disléxica, é preciso descartar a ocorrência de deficiências visuais e auditivas, déficit de atenção, escolarização inadequada, problemas emocionais, psicológicos e socioeconômicos que possam interferir na aprendizagem.É de extrema importância estabelecer o diagnóstico precoce para evitar que sejam atribuídos aos portadores do transtorno rótulos depreciativos, com reflexos negativos sobre sua auto-estima e projeto de vida.
TRATAMENTO:
Ainda não se conhece a cura para a dislexia. O tratamento exige a participação de especialistas em várias áreas (pedagogia, fonoaudiologia, psicologia, etc.) para ajudar o portador de dislexia a superar, na medida do possível, o comprometimento no mecanismo da leitura, da expressão escrita ou da matemática.
RECOMENDAÇÕES
* Algumas dificuldades que as crianças podem apresentar durante a alfabetização só ocorrem porque são pequenas e imaturas e ainda não estão prontas para iniciar o processo de leitura e escrita. Se as dificuldades persistirem, o ideal é encaminhar a criança para avaliação por profissionais capacitados;* O diagnóstico de dislexia não significa que a criança seja menos inteligente; significa apenas que é portadora de um distúrbio que pode ser corrigido ou atenuado;* O tratamento da dislexia pressupõe um processo longo que demanda persistência;* Portadores de dislexia devem dar preferência a escolas preparadas para atender suas necessidades específicas;* Saber que a pessoa é portadora de dislexia e as características do distúrbio é o melhor caminho para evitar prejuízos no desempenho escolar e social e os rótulos depreciativos que levam à baixa-estima.
DISLALIA INFANTIL
É o transtorno de linguagem mais comum em crianças e o mais fácil de se identificar. A dislalia é um distúrbio da fala que se caracteriza pela dificuldade de articulação de palavras: o portador da dislalia pronuncia determinadas palavras de maneira errada, omitindo, trocando, transpondo, distorcendo ou acrescentando fonemas ou sílabas a elas.Quando se encontra um paciente dislálico, deve-se examinar os órgãos da fala e da audição a fim de se detectar se a causa da dislalia é orgânica (mais rara de acontecer, decorrente de má-formação ou alteração dos órgãos da fala e audição), neurológica ou funcional (quando não se encontra qualquer alteração física a que possa ser atribuída à dislalia).A dislalia também pode interferir no aprendizado da escrita tal como ocorre com a fala.A maioria dos casos de dislalia ocorre na primeira infância, quando a criança está aprendendo a falar. As principais causas, nestes casos, decorrem de fatores emocionais, como, por exemplo, ciúme de um irmão mais novo que nasceu, separação dos pais ou convivência com pessoas que apresentam esse problema (babás ou responsáveis, por exemplo, que dizem “pobrema”, “Framengo”, etc.), e a criança acaba assimilando essa deficiência.É o transtorno de linguagem mais comum em meninos, e o mais conhecido e mais fácil de se identificar. Pode apresentar-se entre os 3 e os 5 anos, com alterações na articulação dos fonemas. O diagnóstico de um menino com dislalia, revela-se quando se nota que é incapaz de pronunciar corretamente os sons vistos como normais segundo sua idade e desenvolvimento. Uma criança com dislalia, pode substituir uma letra por outra, ou não pronunciar consoantes. Quando o bebê começa a falar, o fará emitindo os sons mais simples, como o m ou o p. Não é para menos que o dizer mamãe ou papai não terá que fazer muito esforço, desde quando receba estimulação. A partir daí, o bebê começará a pronunciar sons cada vez mais difíceis, o que exigirá mais esforço dos músculos e órgãos ligados à fala. É muito normal que as primeiras falsa do bebê, entre o 8º e o 18º mês de idade, apresentem erros de pronúncia. O bebê dirá aua, quando pedir água, ou peta, quando quiser chupeta. Os bebês simplificarão os sons para que facilitarem a pronúncia. No entanto, à medida que o bebê adquira mais habilidades na articulação, sua pronúncia será mais clara. Enquanto esse processo não se realiza, pode-se falar de dislalias. Quando a dislalia começa? Quando uma criança menor de 4 anos apresenta erros na pronúncia, é considerado como normal, uma etapa no desenvolvimento da linguagem infantil. Nessa etapa, não se aplica tratamentos, já que sua fala está em fase de maturação. No entanto, se os erros na fala se mantém depois dos 4 anos, deve-se consultar um especialista em audição e linguagem, um fonoaudiólogo, por exemplo.
Tipos de dislalia;
A dislalia é muito variada. Existem dislalias orgânicas, audiógenas, ou funcionais.
A dislalia funcional é a mais frequente e se caracteriza incorretamente o ponto e modo de articulação do fonema.
A dislalia orgânica faz com que a criança tenha dificuldades para articular determinados fonemas por problemas orgânicos. Quando apresentam alterações nos neurônios cerebrais, ou alguma má formação ou anomalias nos órgãos da fala.
A dislalia audiógena se caracteriza por dificuldades por problemas auditivos. A criança se sente incapaz de pronunciar corretamente os fonemas porque não ouvem bem. Em alguns casos, é necessário que as crianças utilizem próteses. Uma recomendação fundamental para impedir o desenvolvimento da dislalia é para que os pais e familiares do dislálico não fiquem achando engraçadinho quando a criança pronuncia palavras de maneira errada, como “Tota-Tola”, ao invés de “Coca-Cola”.
Fontes consultadas:- Guiadepsicologia.com
Delogopedia.com- Mikinder.blogspot.com
simonboasfalas.com.br
quinta-feira, 1 de março de 2012
LEGISLAÇÃO DE APOIO PARA ATENDIMENTO DE CRIANÇAS COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
LDB 9.394/96
Art. 12 - Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do
seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I - elaborar e executar sua Proposta Pedagógica.
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento.
Art. 23 - A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos
semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não
seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma
diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem
assim o recomendar.
Art. 24 - V, a) avaliação contínua e cumulativa; prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período.
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (ECA)
Art. 53, incisos I, II e III
“a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – direito de ser respeitado pelos seus educadores;
III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores.”
Deliberação CEE nº 11/96
Artigo 1º - “o resultado final da avaliação feita pela Escola, de acordo com
seu regimento, deve refletir o desempenho global do aluno durante o período
letivo, no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados obtidos
durante o período letivo sobre os da prova final, caso esta seja exigida,
considerando as características individuais do aluno e indicando sua
possibilidade de prosseguimento nos estudos.”
Indicação CEE nº 5/98, de 15/4/98
D.O.E. em 23/9/98
“(...) educação escolar consiste na formação integral e funcional dos
educandos, ou seja, na aquisição de capacidades de todo tipo: cognitivas,
motoras, afetivas, de autonomia, de equilíbrio pessoal, de inter-relação
pessoal e de inserção social.
(...) os conteúdos escolares não podem se limitar aos conceitos e sim devem
incluir procedimentos, habilidades, estratégias, valores, normas e atitudes. E
tudo deve ser assimilado de tal maneira que possa ser utilizado para resolver
problemas nos vários contextos.
(...) os alunos não aprendem da mesma maneira e nem no mesmo ritmo. O que eles
podem aprender em uma determinada fase depende de seu nível de amadurecimento,
de seus conhecimentos anteriores, de seu tipo de inteligência, mais verbal,
mais lógica ou mais espacial. No cotidiano da sala de aula, convivem pelo menos
três tipos de alunos que têm “aproveitamento insuficiente” : os imaturos, que
precisam de mais tempo para aprender; os que têm dificuldade específica em uma
área do conhecimento; e os que, por razões diversas, não se aplicam, não
estudam, embora tenham condições.
(...) recuperar significa voltar, tentar de novo, adquirir o que perdeu, e não
pode ser entendido como um processo unilateral. Se o aluno não aprendeu, o
ensino não produziu seus efeitos, não havendo aqui qualquer utilidade em
atribuir-se culpa ou responsabilidade a uma das partes envolvidas. Para
recobrar algo perdido, é preciso sair à sua procura e o quanto antes melhor:
inventar estratégias de busca, refletir sobre as causas, sobre o momento ou
circunstâncias em que se deu a perda, pedir ajuda, usar uma lanterna para
iluminar melhor. Se a busca se restringir a dar voltas no mesmo lugar,
provavelmente não será bem sucedida.
(...) O compromisso da Escola não é somente com o ensino, mas principalmente
com a aprendizagem. O trabalho só termina quando todos os recursos forem usados
para que todos os alunos aprendam. A recuperação deve ser entendida como uma das
partes de todo o processo ensino-aprendizagem de uma escola que respeite a
diversidade de características e de necessidades de todos os alunos.
(...) Dentro de um projeto pedagógico consistente, a recuperação deve ser
organizada para atender aos problemas específicos de aprendizagem que alguns
alunos apresentam, e isso não ocorre em igual quantidade em todas as matérias
nem em épocas pré-determinadas no ano letivo. A recuperação da aprendizagem
precisa: - ser imediata, assim que for constatada a perda, e contínua; ser
dirigida às dificuldades específicas do aluno; abranger não só os conceitos,
mas também as habilidades, procedimentos e atitudes.
(...) A recuperação paralela deve ser preferencialmente feita pelo próprio
professor que viveu com o aluno aquele momento único de construção do
conhecimento. Se bem planejada e baseada no conhecimento da dificuldade do
aluno, é um recurso útil.”
Parecer CEE nº 451/98 - 30/7/98
D.O.E. de 01/08/98, páginas 18 e 19, seção I
"a expressão '...rendimento escolar...' , que se encontra no inciso V do
artigo 24 da Lei 9.394/96, se refere exclusivamente a aprendizagem cognitiva?
Resposta: Não. A legislação sobre avaliação/verificaçã o do rendimento escolar,
sobretudo o referido artigo, não restringe a expressão "rendimento
escolar" exclusivamente à aprendizagem cognitiva.
A lei 9.394/96, ao tratar da educação básica,
situou-a no quadro de abertura que permitiu, aos que dela fossem cuidar, em
seus diferentes níveis e modalidades, a pensasse como um todo e a explicitasse,
nos limites do seu texto, em sua proposta pedagógica e em seu regimento. Na
elaboração dessa proposta e desse regimento, consubstanciado certamente numa
visão de homem, de sociedade e, por conseqüência, numa concepção de educação e
de avaliação, cuidados especiais deverão ser tomados para que estejam contidos,
nesses instrumentos, procedimentos referentes ao processo ensino-aprendizagem ,
e em particular ao de verificação do rendimento escolar.
O legislador deixou sob a responsabilidade da escola e de toda sua equipe a
definição do projeto de educação, de metodologia e de avaliação a serem
desenvolvidas. Abandonou detalhes para agarrar-se ao amplo, ao abrangente.
Aponta, por isso, para uma educação para o progresso, onde estudo e avaliação
devem caminhar juntos, esta última como instrumento indispensável para permitir
em que medida os objetivos pretendidos foram alcançados. Educação vista como um
processo de permanente crescimento do educando, visando seu pleno
desenvolvimento, onde conceitos, menções e notas devem ser vistos como mero
registros, prontos a serem alterados com a mudança de situação. E, nessa busca
do pleno desenvolvimento e do processo do educando, estão presentes outros
objetivos que não só os de dimensão cognitiva mas os de natureza sócio-afetiva
e psicomotora, que igualmente precisam ser trabalhados e avaliados. O cuidado
deve estar é no uso que se pode fazer desta avaliação, não a dissociando da
idéia do pleno desenvolvimento do indivíduo."
Lei nº 10.172 de 9 de janeiro de 2001 - Plano Nacional de
Educação
Capítulo 8 - Da Educação Especial
8.2 - Diretrizes
A educação especial se destina a pessoas com necessidades especiais no campo da
aprendizagem, originadas quer de deficiência física, sensorial, mental ou
múltipla, quer de características como de altas habilidades, superdotação ou
talentos.
(...) A integração dessas pessoas no sistema de ensino regular é uma diretriz
constitucional (art. 208, III), fazendo parte da política governamental há pelo
menos uma década. Mas, apesar desse relativamente longo período, tal diretriz
ainda não produziu a mudança necessária na realidade escolar, de sorte que
todas as crianças, jovens e adultos com necessidades especiais sejam atendidos
em escolas regulares, sempre que for recomendado pela avaliação de suas
condições pessoais. Uma política explícita e vigorosa de acesso à educação, de
responsabilidade da União, dos Estados e Distrito Federal e dos Municípios, é
uma condição para que às pessoas especiais sejam assegurados seus direitos à
educação.
Tal política abrange: o âmbito social, do reconhecimento das crianças, jovens e
adultos especiais como cidadãos e de seu direito de estarem integrados na
sociedade o mais plenamente possível; e o âmbito educacional, tanto nos
aspectos administrativos (adequação do espaço escolar, de seus equipamentos e
materiais pedagógicos), quanto na qualificação dos professores e demais
profissionais envolvidos.
O ambiente escolar como um todo deve ser sensibilizado para uma perfeita
integração. Propõe-se uma escola integradora, inclusiva, aberta à diversidade
dos alunos, no que a participação da comunidade é fator essencial. Quanto às
escolas especiais, a política de inclusão as reorienta para prestarem apoio aos
programas de integração.
(...) Requer-se um esforço determinado das autoridades educacionais para
valorizar a permanência dos alunos nas classes regulares, eliminando a nociva
prática de encaminhamento para classes especiais daqueles que apresentam
dificuldades comuns de aprendizagem, problemas de dispersão de atenção ou de
disciplina. A esses deve ser dado maior apoio pedagógico nas suas próprias
classes, e não separá-los como se precisassem de atendimento especial.
Parecer CNE/CEB nº 17/2001
Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001
“O quadro das dificuldades de aprendizagem absorve uma diversidade de
necessidades educacionais, destacadamente aquelas associadas a: dificuldades
específicas de aprendizagem como a dislexia e disfunções correlatas; problemas
de atenção, perceptivos, emocionais, de memória, cognitivos, psicolingüísticos,
psicomotores, motores, de comportamento; e ainda há fatores ecológicos e
socio-econômicos, como as privações de caráter sociocultural e nutricional.”
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